A pedido da PRE, Tribunal realiza novas oitivas no caso das subvenções

Dinheiro Público | 15.07.2015 às 21:16h

A pedido da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE/SE), o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe agendou mais duas datas de oitivas: 16 e 20 de julho. Nesta quinta-feira, a partir das 8h, será ouvido Nollet Vieira Feitosa, apontado por outras testemunhas como articulador dos repasses de verbas de subvenção para a Associação de Moradores e Amigos do Bairro Nova Veneza (Amanova).


A Amanova teve indicação de R$ 2,325 milhões em subvenções dos então deputados Paulo Hagenbeck (R$ 1,085 milhão), Augusto Bezerra (R$ 940 mil) e Suzana Azevedo (R$ 300 mil).


Durante as investigações realizadas pela Procuradoria Regional Eleitoral, ficou constatado que a associação funciona em um prédio térreo, sem estrutura para as atividades. O deputado Augusto Bezerra recebeu diversos cheques da entidade em seu próprio nome, no valor total de R$ 478 mil. O depoimento de Nollet Feitosa será reservado às partes e fechado para o público.
A partir das 16h, nove testemunhas foram convocadas a dar depoimento.


Aracaju - Ainda sobre o caso da Amanova, serão ouvidos José Agenilson de Carvalho e Wellington Luiz G. Silva, que aparecem como beneficiários de valores repassados pela associação. Também será ouvida Elisa Maria Meneses, identificada como assessora do deputado Augusto Bezerra.
Ainda nesta tarde, estão previstos os depoimentos de Edivânia Menezes e Alessandra Santos Menezes, ligadas à Associação Sergipana de Produtores de Eventos (Aspe).


Edivânia é proprietária do imóvel onde, em tese, funcionaria a Aspe e acompanhou Alessandra na realização de saques de cheques da entidade. Alessandra, além de ter realizado saques, também é sócia da Avalanche Produções, empresa que recebeu valores da associação.


Capela - O presidente da Associação Musical Lira Nossa Senhora da Conceição, Robério dos Anjos Andrade, e Edilene de Jesus Amaral pediram para ser ouvidos novamente no caso. A entidade recebeu R$ 300 mil em verbas de subvenção do então deputado estadual Adelson Barreto.


De acordo com Robério, os recursos foram utilizados para reforma da sede da associação. A informação contradiz o depoimento dado à PRE pelo pai de Robério e fundador da Lira Musical, José Xavier de Andrade Filho, que informou que a instituição não recebeu verbas da Alese.


Em diligência ao local, a PRE/SE constatou que a Associação funciona num prédio antigo, em mau estado de conservação e sem sinal de reformas. Edilene foi apontada por outras testemunhas como responsável por uma suposta obra no prédio.


Muribeca - Outra entidade sob análise é a Associação José Augusto dos Santos, de Muribeca, que recebeu R$ 300 mil em verbas de subvenção do então deputado Adelson Barreto e trabalha distribuindo cestas básicas e botijões de gás. O depoimento previsto é do ex-presidente da entidade, José Pedro da Silva, que pediu para ser reinquirido no processo.


Moita Bonita - O padre Joselito Santana de Lima, ligado à Associação dos Moradores de Moita Bonita, já havia prestado depoimento como testemunha de defesa e pediu para prestar novas declarações nesta quinta. A associação não foi localizada pelas investigações da PRE e recebeu R$ 155 mil dos deputados Luiz Mitidieri e Venâncio Fonseca.


Nova data - Já no dia 20 de julho, a partir das 9h, está previsto o depoimento de Antônio Arimateia Rosa Filho, vereador de Capela, apontado por outras testemunhas como responsável pelo saque de um cheque no valor de R$ 299 mil da conta da Associação Musical Lira Nossa Senhora da Conceição. Este depoimento também será reservado às partes e fechado para o público.


Por Catarina Cristo
Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal em Sergipe

 

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