As investigações revelaram que a organização criminosa, formada por internos do Conjunto Penal de Paulo Afonso e por pessoas que estavam em liberdade e que atuavam em Simão Dias e região, buscava por bens, como veículos, celulares e sistemas de som automotivo, anunciados em plataformas de vendas online ou em redes sociais. Os envolvidos se apresentavam como policiais militares ou civis e, até mesmo, como policiais rodoviários federais, para negociar a compra dos itens de interesse.
Após a negociação, os investigados enviavam falsos comprovantes bancários de transferências às vítimas. Para concretizar a inversão da posse dos bens, por vezes o grupo contou com a participação de terceiros de boa-fé, como taxistas e mecânicos, a fim de dificultar a identificação dos cúmplices responsáveis pela destinação ilegal dos produtos.
Os levantamentos da Delegacia de Simão Dias mostraram que os investigados que cometeram delitos em Simão Dias estavam cumprindo ordens especificamente de um interno do Presídio de Paulo Afonso, para pegar motocicletas em determinados locais e transportá-las para diferentes municípios da Bahia, onde eram repassadas a terceiros indicados pelo preso.
O inquérito policial mostrou ainda que muitas pessoas foram vítimas do grupo, inclusive profissionais que executavam seus serviços de boa-fé, sem imaginar que estavam cooperando com criminosos. Em um dos casos investigados, após uma negociação feita por aplicativo de mensagens, o suspeito instruiu a vítima a deixar sua motocicleta Honda, modelo Bros, com um frentista em um posto de Simão Dias, após enviar um comprovante falso de pagamento. Posteriormente, o golpista contatou o proprietário de uma oficina mecânica, solicitando que o veículo fosse retirado do posto para a troca de óleo.
De acordo com as informações levantadas pela Polícia Civil, várias vítimas tiveram os seus bens levados e outras não receberam por serviços prestados. Em um dos casos, apenas uma delas perdeu cerca de R$ 15 mil. A investigação deve continuar, uma vez que foram encontrados golpes similares nas cidades sergipanas de Lagarto e Poço Verde, além de Paripiranga, Cícero Dantas, Antas, Fátima e Jeremoabo, ambas na Bahia.
Além da Delegacia de Simão Dias, a operação teve também as participações das Delegacias de Itaporanga D'Ajuda e Campo do Brito, da Divisão de Patrimônio da Delegacia Regional de Lagarto, Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), Gope da Polícia Penal, Polícia Penal da Bahia, 4.ª Companhia Independente da Polícia Militar do Estado de Sergipe, Delegacia de Antas/BA e da Delegacia Territorial de Paulo Afonso/BA.
Da Redação: com informações da SSP/SE
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