Polícia Civil cumpre mandados por tráfico de drogas nos municípios de Salgado e Aracaju

Operação Sementes de Ouro: | 26.04.2024 às 09:14h

A Polícia Civil, por meio do Departamento de Narcóticos (Denarc), deflagrou no final da madrugada desta sexta-feira (26), nos municípios de Salgado, e Aracaju, a "Operação Sementes de Ouro" com o objetivo de dar cumprimento a quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão.

Durante a ação também ocorreu uma prisão em flagrante. A operação, que recebeu o apoio do Grupamento Tático Aéreo (GTA), teve como alvo uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas atuante no Estado de Sergipe, especialmente na Região Metropolitana de Aracaju e na Região Sul.

Em uma das buscas, as equipes encontraram localizaram numa chácara, situada na área rural de Salgado, uma vasta plantação de maconha, com milhares de pés da droga. No local, também foi encontrada uma grande estrutura de laboratório e estufa, com câmeras instaladas em toda a área onde o entorpecente estava sendo cultivado.

As investigações tiveram início, há aproximadamente seis meses, quando o Departamento de Narcóticos recebeu informações sobre as práticas delituosas de tráfico de drogas e organização criminosa por parte de alguns membros de uma associação sem fins lucrativos, que recebeu autorização para cultivar maconha, e na ocasião, foi instaurado o inquérito policial para apurar os fatos.

Segundo a polícia, a associação em si não é o objeto das investigações, mas os seus associados, que, percebendo a lucratividade e a facilidade no acesso às plantas produzidas, começaram a comercializar a maconha livremente. O cumprimento dos mandados contou ainda com o apoio do Canil da Guarda Municipal de Aracaju.

No decorrer das investigações foi apurado que membros da referida associação, principalmente aqueles que ocupam cargos com poder de gestão e decisão, como o presidente, engenheiro agrônomo, gerente de cultivo e conselheiro fiscal, aproveitaram a facilidade de acesso e a falta de fiscalização para desviar as plantas produzidas e comercializá-las ilegalmente pelo Estado, chegando a cobrar o valor de R$ 30 mil por quilo de droga.

Durante o inquérito policial também foi apurado que o presidente da associação propôs aos funcionários que o pagamento das prestações devidas fosse realizado em sementes de Cannabis ou até mesmo na planta in natura. A Polícia Civil teve acesso ainda a áudios do presidente da associação, que comprovam o momento em que ele confirma o comércio ilegal de sementes da maconha.

Alguns dos investigados já haviam sido presos e condenados anteriormente justamente pelo crime de tráfico de drogas, comprovando uma tendência à prática dessa modalidade criminosa.

Diante de todos os elementos levantados, foram representadas, junto ao Poder Judiciário, pelas medidas cautelares. As investigações continuarão no sentido de identificar outras pessoas envolvidas no caso.

Da Redação: Gilson de Oliveira
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