HUSE atende a 73 vítimas de queimaduras provocado por fogos de artifícios

Em 27 dias de junho | 28.06.2016 às 04:27h

“Quem brinca com fogo acaba se queimando”. Esse é o ditado mais certo que existe e agora eu sei o risco que corri. Nunca mais quero saber de fogos de artifício, nem mesmo uma chuvinha”. Esse foi o depoimento da adolescente, L.P, 15, internada na Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) Dr. José Olino de Campos Lima, localizada no Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE).

Ela é moradora do município de Areia Branca e, passou a véspera de São João na casa dos parentes no município de Estância. Os primos estavam brincando com um artifício chamado “espada” que tem um grande teor explosivo. Ao participar da brincadeira, ela acendeu um que estourou em sua mão.

“Segui as recomendações de hidratar em água corrente o ferimento. Aqui no HUSE, estou internada há quatro dias para curativos diários, já que as queimaduras foram de 2º e 3º graus”, lamenta.

Somente de 1 a 27 de junho, foram registrados 73 vítimas de queimaduras no Huse. Desse total, 21 pacientes continuam internados para tratamento. Foram 44 adultos, 22 crianças e 7 adolescentes. Na noite do dia 23 de junho, foram registrados 22 atendimentos a vítimas de queimaduras e, no dia 24, foram realizados 11 atendimentos. Um aumento significativo em relação ao ano passado que no mesmo período atendeu, 63 pacientes queimados.

De acordo com a secretária de Estado da Saúde, Conceição Mendonça, o resultado é preocupante. “A falta de prevenção das pessoas ainda é o maior agravante. Temos toda uma estrutura montada tanto na capital quanto no interior para atender essas pessoas vítimas de queimaduras. Intensificamos a campanha, fizemos alertas, mas a estatística aumentou em cerca de 60% no mesmo período de outros anos. Ainda temos a festa de São Pedro e esse número ainda pode aumentar. O alerta que faço é que a queimadura deixa marcas para toda a vida, tenham cuidado e se previnam”, ressaltou.

Os casos de queimaduras registrados no hospital foram diversos, desde acender fogueiras com álcool ou ‘tiner’, fogos de artifício, líquidos quentes e queda em fogueira. No entanto, a gravidade dos casos chama a atenção: muitas queimaduras na face, tórax e membros superiores, além das amputações. Um tratamento doloroso e prolongado.

Classificação de risco

Além do tratamento aos queimados, o Pronto Socorro do Huse registrou de 23 a 27 de junho, cerca de 900 atendimentos. Desse total, 198 ficaram internados em tratamento e distribuídos de acordo com a classificação de risco.

Foram registrados 44 atendimentos a vítimas de acidente motociclístico. Desse número, 18 pacientes ficaram internados em observação. Já os acidentes automobilísticos registraram 9 vítimas e apenas uma internação. A violência urbana fez 28 vítimas que foram atendidas no PS do Huse, sendo 16 por arma branca e 12 por arma de fogo.
Na Área Azul adulto do hospital, 289 atendimentos de baixa complexidade foram realizados. Desses, 59 ficaram internados. Já na Área Azul pediátrica, 209 crianças foram atendidas e 36 continuaram em observação. A sala de sutura registrou 227 pacientes atendidos e na ortopedia foram 132 atendimentos. Outras especialidades também tiveram seus plantões movimentados, como é o caso do oftalmo e otorrino que somaram 20 atendimentos. Apenas o ambulatório da oncologia registrou 4 atendimentos durante o período junino.

Segundo o coordenador do PS adulto, Vinícius Vilela, “o Huse estava preparado para receber esses pacientes durante os festejos juninos. Tivemos as noites juninas movimentadas, mas dentro da normalidade. As pessoas devem ter mais cuidado, principalmente em períodos festivos. Cuidado com a mistura de bebida e direção, fogos de artifício e a violência urbana. Ainda teremos as festas de São Pedro, mas continuaremos com nossa estrutura preparada para oferecer qualidade no atendimento”, ressaltou.

Da redação: Ascom - SES
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